17 comentários 15 de abr. de 2011


Sob a tutela e influência de Dan the Automator, o dredg produziu sua mais recente, e excelente, obra Chuckles and Mr. Squeezy. O som do álbum é um choque para quem esperava uma continuação de The Pariah, The Parrot, The Delusion, um álbum forte, com um pegada heavy e até com faixas orquestradas. Chuckles and Mr. Squeezy começa com Another Tribe, que já assusta por sua batida hip-hop, que poderia muito bem ter saído de um álbum do próprio Dan. Este sentimento percorre o álbum todo, ainda que este varie ferozmente de gêneros, ele como um todo é um álbum dark com uma pegada extremamente pop.
Este rumo diferente que o dredg tomou, pode ser interpretado por muitos como exclusivamente por razões comerciais, mas não é. Ainda que o álbum seja o mais pop da discografia da banda, ele continua com o feeling e o experimentalismo que o dredg sempre emprega em seu som o torna pouco acessível.
O destaque do álbum fica para a faixa The Tent, que Dan ajudou a escrever, e remete imediatamente ao trip-hop de Massive Attack e Portishead. The Thought of Losing You é a tradicional faixa de trabalho do dredg, refrão grudento, letra sentimental e simples. Assim foram Bug Eyes, Same Ol' Road e Information.
Enfim, Chuckles and Mr. Squeezy é um excelente álbum de dark/experimental pop, altamente indicado. Mas para aqueles que ainda não conhecem o som do dredg, talvez não seja a melhor pedida para conhecer o verdadeiro "eu" desta fantástica banda.

4 comentários 9 de mai. de 2010


Após o hiato interminável da banda, o material novo. A banda nova. A capa ilustra bem o que aconteceu com o Anathema: um pôr-do-sol se estabeleceu sobre a banda, pegando tudo o que tinha de bom na sonoridade que a banda construiu e ainda colocando elementos que enriquecem as músicas, deixando-as com uma atmosfera que nos faz perguntar como eles construíram essa atmosfera tão única. A resposta não poderia ser diferente: talento, sensibilidade e a produção excelente de Steven Wilson, que também já produziu o Watershed, do Opeth, bem como seus próprios álbuns com o Porcupine Tree. Se por um lado o álbum nasceu conhecido por causa de filmagens amadoras no Youtube e de demos disponibilizadas para levantar fundos para este álbum, por outro lado, foi surpreendente e provavelmente será o álbum mais sensível de 2010. As orquestrações enchem a música de forma bonita e deixam a música com uma, duas, três camadas que proporcionam uma audição mais rica a cada vez que o álbum é ouvido. A voz de Daniel Cavanagh está em seu melhor. Lee Douglas foi usada com sabedoria, para deixar o interlúdio Presence extremamente interessante, com ela cantando a introdução de Angels Walk Among Us de forma apaixonante.
As músicas já existentes por aí nas suas versões demo foram infinitamente melhoradas (ouça Anges Walk Among Us e perceba a diferença) e as inéditas são realmente bonitas e surpreendentes (Ouça Summernight Horizon, Get Off Get Out e Universal). Um dos melhores lançamentos até agora.

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0 comentários 28 de abr. de 2010


Funeral é o primeiro álbum de estúdio dos canadenses do Arcade Fire. Altamente aclamado pela crítica e fãs, transformou o Arcade Fire em um ícone cult quase que imediatamente. A sonoridade pop com toques retrô e clássicos, além do uso de vários instrumentos, incluindo objetos inusitados como percussão, é geralmente rotulado como Baroque Pop, o mesmo gênero de outros ícones cult como The Decemberists e Belle and Sebastian.
O álbum fala sobre morte, mas não da maneira dark e clichê que se vê na cena alternativa e metal, e sim, de uma maneira otimista e muito enigmatica. Os membros da banda se alternam nos diversos intrumentos: violinos, guitarras, bateria percussão, teclados e várias vozes, que tornam o som muito original, experimentando sem abusar da complexidade e primando por melodias e refrões efusivos e viciantes. Destaque para as faixas Neighborhood #2 (Laika) e Wake Up, que são verdadeiros hinos e obras primas da música alternativa.

Namaste!

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0 comentários 9 de abr. de 2010


Após o debut bombástico com o cover rocker de Michael Jackson e o acidente no qual todos os integrantes escaparam com sorte, os Alien Ant Farm retornam, com uma força jamais vista e com um estoque de musicalidade muito superior ao do primeiro álbum, ANThology. Afinal, uma experiência de vida (ou de morte) dessas poderia destruir qualquer ser humano. Não foi o que aconteceu com o grupo: o som está ainda mais intrincado, mais pesado e mais bem diversificado que o anterior. O álbum já começa mostrando uma força absurda: A 1000 Days já entra com uma melodia a lá Stone Temple Pilots que não se deixa cadenciar. Drifting Apart já é mais melosa e deixa a parte "I could be what you wanted. I could be what you needed." bem grudada na cabeça. Glow e Quite fazem muito bem a parte de apagar o fogo do CD, para a entrada de These Days, outra pancada melódica. A apenas ok Sarah Wynn faz bem seu trabalho, mas não deixa nada memorável, apenas uma brecha para a excelente Never Meant, que apresenta um Reaggae-fusion bem mamão com açúcar. O riff de Goodbye já entra com tudo e a canção desbica em um refrão no nível do álbum. Tia Lupe é ótima e apresenta um ritmo latino como jamais vimos em qualquer canção do Alien Ant Farm. Rubber Mallet e S.S. Recognize completam o álbum consistentemente e são ótimas canções. Hope vem com seu refrão cativante para esfriar para Words, canção que encerra o álbum assim como ele começou: ótimo.
truANT é o certificado de maturidade de uma banda quase adolescente, que quase passou por um fim trágico e nos entregou um álbum de primeira, viciante.

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1 comentários 26 de mar. de 2010

John Mayer é um músico que abdicou do Pop Rock e se converteu como um novo músico, que ainda gozava da fonte emocional do pop e mesclando a técnica, calmaria e sensualidade do Blues. Tal mudança ocorreu com o lançamento de Continuum, um álbum produzido por ele mesmo e pelo baterista do trio que levava seu nome. A musicalidade de Mayer é finíssima, os arranjos Blues dão ênfase para a voz pop do rapaz. Até quem gosta de Blues na sua pureza, como os fãs de B.B. King, ficarão surpresos com a intensidade e o feeling dos solos de guitarra e com o ritmo calmo e swingado de Mayer. Há uma singela homenagem a Jimi Hendrix, uma das suas maiores influências, juntamente com Stevie Ray Vaughan: Bold as Love, que se desencadeia em um ótimo cover com um ótimo solo. A faixa 'Waiting for the World to Change' foi a terceira faixa mais vendida do Itunes Store e Continuum ficou segundo lugar na Billboard, na semana se seu lançamento. As estatísticas não negam que John Mayer possui um talento imensurável, apesar de suas declarações bobas e superficiais.

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0 comentários 22 de mar. de 2010


Antes da explosão obtida pelo álbum A Beautiful Lie, os irmãos Leto (Jared e Shannon) começaram seu projeto apenas com músicas industriais com um trabalho de guitarras e sintetizadores muito semelhantes aos de Rob Zombie, porém com vocais mais bem trabalhados e mais melódicos. A proposta, produzida por Bob Ezrin obteve sucesso moderado, porém satisfatório.
Uma coisa que satisfaz bastante o ouvinte é o belo trabalho vocal de Jared Leto, já conhecido por muitas atuações em filmes, incluindo sua atuação surpreendente no cult Requiém Para Um Sonho. São vocalizações pops e agradáveis, que acertam exatamente em seus tons e nos conceitos de todas as músicas do álbum, mixadas de acordo com o humor das melodias. E como se não bastasse isso, as guitarras unicamente distorcidas mesclam de maneira ímpar com o ar industrial do álbum: bateria direta e baixo bem colocado.
É um debut e tanto. É o melhor trabalho do 30 Seconds to Mars. Soa bastante viajante e pretensioso, assim como seu sucessor A Beautiful Lie, mas a qualidade é visível e vamos ser sinceros, o sucesso da banda é justificável.
Destaques para Capricorn, Edge of The Earth, Buddha For Mary e Echelon.

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0 comentários 21 de mar. de 2010


O Tool nunca esteve tão orgulhoso. A maioria das bandas baseadas na estrutura New Prog são excelentes e, diga-se de passagem, cheias de personalidade. O Karnivool se destaca na cena por ser Australiana e também por ser competente. O álbum foi lançado independentemente em 2005 e teve repercussões positivas pela revista Kerrang! Em Themata a banda funde slaps de baixo, belos vocais do vocalista Ian Kenny e riffs sujíssimos. O álbum conta com C.O.T.E (que quer dizer Center of the Earth) que abre o álbum magnificamente e passa pela sua faixa título, Fear of the Sky e por LIFEL1KE, que mesclam o peso do Rock Pós-Moderno com passagens progressivas e viajantes, mas de um jeito muito único. Roquefort também é de um peso ímpar. O álbum é composto apenas de porradaria, com apenas Sewn and Silent e Change dando uma acalmada nos ânimos.
Themata é um excelente debut de uma banda excelente e deve ser conferido pelas pessoas que ouvem Oceansize, Disturbed, e até mesmo Deftones, sem contar que é indispensável para quem gosta de Tool.

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