3 comentários 10 de fev. de 2009

Para quem admira Red Hot Chili Peppers (admira, não tô falando dos fanboys da banda) o grande lançamento já está por aí. The Empyrean.

Para quem está por fora, este é o nome do mais novo trabalho do pintor/poeta/guitarrista John Frusciante, que é um artista completo. Tão completo que passou um período por tratamentos de reabilitações para se livrar dos seus mais amargos vícios e ainda está inteiro, compondo e se dedicando cada vez mais a fazer belas melodias.
Sobre o CD? Simplesmente fenomenal. Acho que eu nunca ouvi algo semelhante na minha vida. John Frusciante desta vez quebrou o nosso mais novo paradigma da música ser diferente da arte e consequentemente, mais puxada para o comércio. O disco é totalmente viajante, marca registrada do nosso querido John, mas não é simplesmente isso. A maioria dos CDs de guitarristas do calibre de Fruscinante consistem de técnicas apuradas e mostram suas destrezas com a guitarra. Não é o caso de John. As músicas são belas, lotadas de sintetizadores e de vocalizações que chegam a dar calafrios. Temos músicas de vários humores, cores e sentimentos. A introspectiva e pseudo-pop Unreachable, as quase espirituais Dark Light e God, a orgásmica Central e a deliciosa e triste Heaven provavelmente serão as melhores do CD. Não melhores, as que mais marcam mesmo. Músicas que são capazes de ficar na sua cabeça uma semana inteira, quem sabe um mês. Mas não espere a simplicidade do Red Hot, pois se você ouvir este CD nesta expectativa, com certeza você irá ficar frustrado. Relaxe, coloque o CD para rodar e mergulhe neste portal de sentimento que John Frusciante criou.