3 de mar. de 2008


Impossível expressar o que foi aquilo que presenciei em São Paulo algumas horas atrás, mas vou tentar sintetizar o que houve por lá.
Depois de mais de três horas esperando na fila e no sol e mais algumas horas de espera na pista, a banda de abertura da filha do baixista Steve Harris subiu ao palco. E digamos, que não é a abertura ideal para o Iron Maiden. Um hard rock ou talvez power pop, não sei bem dizer, mas além dos solos de guitarra todos iguais e sem nenhuma criatividade, baterista e baixista que nao fazem nada alem do que são programados e a esforçada, porém fraca vocalista Lauren Harris, entediaram o público de mais de 40 mil pessoas, mesmo com um setlist curtissimo de não mais que meia hora. Creio que o fato de ser filha de Steve Harris, deu à Lauren um certo crédito pois não chegou a ser vaiada nem apedrejada pelo público como já aconteceu até com Skid Row. Ainda que tocou para milhares de pessoas dando 'tchauzinho', o público até que se comportou bem diante daquela péssima demonstração de como fazer música comercial. Após uma enérgica comemoração do público quando anunciou tocar a ultima musia da noite, que ainda nao era noite, Lauren e seus amigos deixaram o palco e deram lugar à expectativa.
Poucos minutos antes do início do show, uma chuve forte caiu sobre o estádio levando o publico ao delírio. A visão da chuva diante das luzes ascesas do palco que encarava 40 mil pessoas clamando "Maiden, Maiden, Maiden" dificilmente será apagada da minha memória.
Até que finalmente dando sinal de vida, os telões começaram a mostrar imagens anteriores da turnê, ao som de Transylvania. Logo depois iniciou-se Churchil's Speech, o famoso discurso de Winston Churchill, ilustrado por imagens da segunda guerra mundial, culminando na entrada triunfal de Bruce Dickinson e seus amigos no palco, com a destruidora Aces High, que levou a multidão presente à loucura.
Aces High foi sucedida por 2 Minutes to Midnight e por Revelations, que foram intercaladas como muitos pedidos de "Scream for me São Paulo!", brincadeiras e risadas pelo simpaticíssimo showman Bruce Dickinson. Até aí, o som apresentava algumas falhas e a voz de bruce soava um pouco rouca, talvez por estar ainda fria, aí que o plano de fundo do palco sai rolando e dá lugar à imagem de The Trooper. Quando a música começa, Bruce aparece vestido com a famigerada roupa de soldado inglês e com a bandeira da inglaterra em mãos, destruindo todas as possíveis imagens negativas que o som poderia ter causado à alguem.
Bruce trocou de roupas também em Powerslave onde usou a famosa máscara e em Rime of the Ancient Mariner, onde durante o solo o estádio que estava envolto em escuridão foi banhado por luzes de isqueiros e celulares que fizeram um espetáculo visual a parte. Por falar nisso, o público em si foi um espetáculo, onde diversas vezes durante o show parei de cantar e gritar para ouvir a multidão cantando em uníssono com Bruce. Essa foi seguida por Number of the Beast, que em qualquer circunstância é sempre bem-vinda pelo público.
Veio então a sequência destruidora de heaven Can Wait, Run to the Hills, Fear of the Dark, esta que na minha opinião, foi o ponto alto do show, mesmo sendo uma música já 'batida'. Logo após veio Iron Maiden, que trouxe ao palco o sempre presente Eddie gigante duelando com o 'freestyler' e energético Janick Gers. A banda foi para os bastidores, voltando logo após com Dave Murray e um violão, onde Bruce brincando com ele e a platéia deu inicio à Moonchild. Outro ponto alto do show. Após The Clairvoyant, veio o gran-finale que todos aguardavam ansiosamente. Hallowed Be Thy Name, é sempre um show à parte, começando lentamente e explodindo energéticamente levando todos a gastarem o resto de suas energias pulando e cantando.
Ao fim de HBTN, o Iron Maiden despediu-se, e deixou o palco e deixou em todos os presentes mais uma vez a certeza de que eles fazem o maior espetáculo no mundo do rock e do metal, e que a energia que estes senhores emanam em cima do palco é sobrenatural.
Enquanto todos deixavam o estádio as luzes do palco se ascenderam novamente e um surpreendente playback da música de Monty Python, Always Look on the Bright Side of Life, começou a tocar. Dando a última surpresa agradável que aquela noite teve para todos os presentes que certamente nunca se esquecerão daquele fantástico e memorável show. Up the Irons!

Namaste!

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